LABORATÓRIO DE EXPERIMENTAÇÃO E INOVAÇÃO EM GOVERNANÇA: Edição 2022

Como foi a conexão da equipe com a proposta?

“As “territorialidades” e o histórico de resistência onde a Silo está sediada permitem a criação de protótipos de forma holística e através do intercâmbio de saberes e conhecimentos. No final eu senti que conectei os colaboradores com a proposta, eles ficaram por dentro do mangue e isso foi incrível” Indira Eyzaguirre

“Quando me inscrevi selecionei o projeto pela relação com o tema de governança climática global e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Ao conhecer melhor a proposta, me encantei por descobrir que o projeto vem de uma equipe da área de biológicas procurando contribuir com questões de políticas públicas para a região em que fazem pesquisa. As pessoas do manguezal são essenciais para o sistema ecológico. Aprendi muito sobre o manguezal e a população que trabalha e vive nesse ecossistema, além de sair entendendo mais sobre alguns termos da biologia. Descobri que a Associação Sarambuí é um espaço super interessante de multidisciplinaridade conectando ciências biológicas e humanas. Contribui para a estruturação e organização de ideias do projeto, trouxe alguns conhecimentos sobre formulação de políticas públicas, advocacy e captação de recursos para projetos sociais. Mais estrutura organizacional e pessoas dedicadas às atividades para evitar sobrecarga podem melhorar o desenvolvimento.” Fabiana Sousa

“Foi muito importante pra mim conhecer sobre a realidade do mangue, uma vez que ainda não visitei nenhum ambiente com estas especificidades. Me sinto muito bem de fazer parte do time desse projeto e ter minha opinião e experiências impactando de forma direta essas ações tão importantes para a comunidade local e para o futuro do planeta, levando em consideração a preservação ambiental. Aprendi sobre as vivências próximas ao meio ambiente ligado ao mangue e essa mínima experiência foi transformadora pra eu para pensar ações que auxiliassem os jovens destas comunidades a se sentirem parte do seu território e se engajarem em sua comunidade local com o foco no meio ambiente e na organização política e social. Um planejamento dos grupos em conjunto para as ações (palestras, visitas, apresentações) a serem realizadas pode melhorar a proposta.” Junior Archanjo

“Às necessidades do mangue, de suas comunidades, e do movimento em favor do meio-ambiente são bastante importantes, e a proponente deixou bem claro e organizou o projeto bem para que todos pudéssemos ajudar com nossa parte. Aprendi muitas coisas sobre o mangue e contribuí comunicando como o movimento inter-religioso tem tratado deste tema e organizando uma compilação de pesquisas e da cultura do mangue. Acho que o próximo passo seja realizar um Laboratório do Mangue in loco.” Felipe Operário Ribeiro

“A partir de perspectivas e possibilidades de integrar ações em diferentes espaços/territórios/maretórios entre saber local, empiria e saber acadêmico/científico. Aprendi sobre metodologias e práticas disruptivas e procurei compartilhar minha práxis acadêmica que pretende-se pautar em práticas colaborativas de compartilhamento numa perspectiva freiriana. Para mim a melhoria decorre da práxis, sobretudo quando buscamos coerência entre discurso e ação. Nesse sentido tudo pode ser sempre melhorado.” Dori Almeida

“A partir de um convite da proponente, com quem compartilhamos experiências no projeto Mangues da Amazônia e onde participo como voluntário, e em um cenário político a qual estamos passando na questão ambiental, torna urgente fomentar o protagonismo juvenil principalmente nas áreas de Manguezal.” Carlos Demetrio Picanco Silva

“A colaboração que temos feito com a autora da proposta vem desde o projeto Ciência Cidadã, Comunidade Tradicionais Costeiros e Mudanças Climáticas. Seu protagonismo, capacidade de articulação e coordenação com equipes multidisciplinares, além de uma excelente capacidade de dialogar com vários atores sociais coloca a proposta de excelência com uma abordagem ativa e participativa Conectando a governança para promover justiça climática. A proposta envolvendo metodologias ativas e participativas apresenta grande potencial para mobilizar as pessoas a promover a governança com e para o público jovem, tratando de temas como emergência e justiça climática em tempos de profundas mudanças. Desejo que a proposta tenha vida longa e semeie importantes sementes para comunidade local e internacional no campo da governança e justiça climática com jovens protagonistas”. Allan Yu Iwama

Momentos de transformação:

Quatro marcos importantes transformaram a proposta ao longo da imersão:

  1. [Brainstorming e a objetividade]: Intercambiamos histórias com os colaboradores Júnior, Fabi e Dori. As metas apresentadas na proposta inicial se tornam submetas do objetivo principal e é criada uma metodologia cíclica, inspirada nas pesquisas de Elinor Ostrom. Essa metodologia tem o intuito de promover a proposta de “Jovens Engajados pelo Meio Ambiente e Sociedade” - JEMAS.
  2. [Importância das mentorias]: Recebemos dos mentores e aderimos ao projeto a sugestão de propor o Laboratório Cidadão do Mangue como um caminho para viabilizar soluções propostas de forma horizontal e com possível incidência na formulação de políticas públicas contextualizadas dentro das comunidades tradicionais.
  3. [Importância da inovação e novos olhares]: Um novo colaborador, Felipe, ingressa na nossa equipe e propõe um desenvolvimento cultural inovador trazendo sugestões de mobilizar a partir da cultura e da fé presentes nas comunidades do mangue.
  4. [Prospecção do futuro]: A proposta fica bem estruturada e com múltiplos  caminhos em diversas áreas, desde a captação de recursos para executar um piloto do Laboratório Cidadão do Mangue, a inserção da arte e divulgação científica para a educação e até ideias para promoção de “vigílias inter-religiosas pelo clima e pelo mangue”, inserção da rádio comunitária dentro das comunidades e do software livre para futuras propostas. Além da inserção cultural e artística como um pilar importante para a conservação dos manguezais amazônicos e sobretudo, para o engajamento político em prol de formular políticas públicas através de uma “Rede de Jovens pelo Mangue”.