Colheita local
24 Junho - 2022
A colheita local se trata dos momentos em que através de instituições parceiras da Silo, a preparação do Jardim pode se dar em conjunto com a comunidade em que estávamos gentil e acolhedoramente inseridos ao pensar sobre Ipojuca, a Serrinha do Alambari. Na primeira de lab, por uma coincidência feliz, celebravamos a semana do meio ambiente. Durante um dia de conscientização e aprendizagens comemorativas na Escola Municipal Moacir Coelho da Silveira, o Jardim Eco Pedagógico se desenvolveu com alunas e alunos do oitavo e nono anos. A atividade que acontecia dentro de sala de aula tratava-se uma ocupação física e sensorial de seus corpos no próprio espaço, desenhando o contorno de si, deixando sua marca em tamanho real no papel, questionavamos-nos sobre como esses corpos influenciavam, impactavam e faziam parte da governança local. Ainda pensando na movimentação dos corpos conectados ao local, na área externa da escola houve uma pintura coletiva em uma grande tela, onde os pincéis eram partes da natureza encontradas caídas pelo caminho. Posteriormente, os alunos de outras classes também visitaram nossa estação de pesquisa do Jardim na Silo. No meio da semana visitamos o colégio municipal Dom Ottorino Zanon, num encontro com Alexandre Nascimento, grande aprendiz das plantas. Alexandre, evidencia às pessoas do território onde irá trabalhar a potência de uma vida a partir da sintonia com o alimento que a natureza oferece. No momento Alexandre cuida do solo do colégio do distrito de Penedo, onde os estudantes da educação básica estão tendo o privilégio de uma aprendizagem ampla e profunda. Contamos também com a visita do time feminino e masculino das Pérolas Negras, que geraram envolvimentos e ideias se colocando no lugar das crianças da escola das Mercês e nos mostrando que a troca entre diversas comunidades, fortalece todas. Por fim, tivemos 4 estações de aprendizagem no encerramento do lab na Escola Municipal Moacir Coelho da Silveira. Na entrada, o livro-cartilha, ao final da leitura o jogo, “Resgate a memória”, com um passaporte de viagem para Ipojuca, onde através de um passeio pelas raízes do Baobá ao Mangue, reflexões eram feitas sobre tudo que estrutura uma governança, e a estrutura em que caminhamos, -as raízes-, eram reposicionadas na árvore, entre frutos e tronco. Para fechar o ciclo de apresentação e aprendizagem colaborativa, um convite à mão na massa. Inspirada na obra de Anna Maria Maiolino, grades do território da escola, voltadas para a natureza ficaram repletas de formas de barro criadas pelas participantes.
